13 DE Setembro – um Dia Nacional para um símbolo nacional e Paraty sinônimo de Cachaça

A escolha da data tem motivo histórico, pois em 13 de setembro de 1661, a coroa portuguesa liberou a produção e comercialização do produto no Brasil e nas outras colônias, depois de pressão e rebelião dos produtores.

A revolta da Cachaça

A história remonta à década de 1630, quando os portugueses notaram que o mercado da cachaça crescia e o produto tomava o lugar da bagaceira, feita por eles, do bagaço da uva. Em 1635 o rei de Portugal proibiu a produção e comercialização da cachaça, para que a bagaceira fosse obrigatoriamente consumida. A pouca fiscalização permitiu a continuidade do negócio e, na clandestinidade, ela virou moeda de troca, chegando às colônias da Àfrica, para compra de escravos e produtos diversos. Até para os quilombolas, a cachaça representava dinheiro para compra de alimentos e produtos .

Um novo decreto real proibiu o comércio da cachaça em 1659, com os portugueses apertando o cerco aos produtores com ameaças de deportação, apreensão do produto e destruição dos alambiques. Indignados, os produtores fluminenses lideraram em 1660 uma rebelião , chegando a tomar o governo da cidade. Era a Revolta da Cachaça . O movimento abriu o caminho para a legalização da cachaça, que ocorreu em 13 de setembro de 1661, por Ordem Régia.

A cachaça destilada pela história de Paraty

Caminho do Ouro, Cachaça e Gastronomia
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Paraty é o meu peixe, o meu peixe é para ti
Paraty é minha cachaça, minha cachaça é para ti


A História da cachaça confunde-se com a história de Paraty, acredita-se que, a partir de 1600, a bebida tenha começado a ser alambicada em terras paratienses. E, mesmo sem ter sido pioneira na produção da aguardente de cana, Paraty – “quer pelas suas terras, quer pelas suas águas ou lenhas” ou ainda pelos segredos da própria alambicagem – foi a mais importante região produtora de cachaça no Brasil Colônia.

É interessante destacar que a abertura oficial do Caminho do Ouro em 21 de Agosto de 1660, pelo Governador Salvador Correia de Sá e o movimento revolucionário, os Alevantados, para a criação da Vila de Paraty em 1660, coincide com o período da proibição da produção e comércio de aguardente no Brasil pelo Rei de Portugal, por conta da concorrência que fazia à bagaceira e aos vinhos portugueses, tendo como consequência a Revolta da Cachaça.

Nesta revolta, os proprietários de aguardente depuseram o Governador do Rio de Janeiro e assumiram o governo da província. O povo de Paraty, aproveitando-se da desordem então reinante, liderados por Domingos Gonçalves de Abreu e proprietários de alambiques locais, se fizeram vila por vontade própria sem autorização real, porém o município foi reconhecido por Carta Régia de Dom Afonso VI, em 28 de fevereiro de 1667.

Hoje a Cachaça é reconhecida no mercado internacional como bebida exclusiva e genuinamente brasileira. Uma ação que foi desenvolvida pelo IBRAC, com o apoio do Sebrae em Pernambuco e órgãos do governo federal. O dia 13 de setembro perpetuará a importância de um dos símbolos mais representativos da identidade do povo brasileiro

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Editor Flitoral

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