A Festa Literária de Paraty é maior que Flip

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Como articuladores do ‘MOVIMENTO OFF FLIP’, compreendemos a crítica “literária” sobre a mudança na tradição de homenagens a autores brasileiros pela FLIP — escolhendo para 18ª edição/2020, uma autora estrangeira que enaltecia o Golpe Militar de 1964, desdenhava da arte de Portinari, Heitor Villa-Lobos e dos poetas latino-americanos.

Mesmo em seu belo poema a Arte de Perder, a autora não acrescenta muito ao imaginário cultural de um povo que nasceu em quartos de despejo. E neste quadro atual de intolerância democrática, “in memoriam“ — ressuscitar o autor é “correr o risco de matar a sua obra”, alimentando uma polarização política que, além de boicotes, pode propiciar conflitos desnecessários durante o evento literário.

Todavia, IR À Flip, também pode significar dizer não a um pensamento unilateral (FASCISTA).

A diversidade das ideias e dos espaços de manifestação cultural da academia dos mortais de todas as letras, conquistado nestes últimos anos pelas comunidades literárias, autores e artistas independentes, tradicionalmente participantes da Festa Literária de Paraty, através dos eventos paralelos como a OffFlip, Flipei, Ocupa Paraty e o Sesc na Flip, transcendem às tendas literárias da festa oficial.

Propor um boicote a um evento e, de forma punitiva, estendê-la às atividades turísticas de um Município — como muitos vêm cogitando, também é uma visão unilateral (Fascista), de quem ainda não teve a oportunidade — ou não se interessa em conhecer, vivenciando os projetos e esforços das comunidades de uma cidade que, mesmo com todas as suas contradições, tem como desafio promover a marca do seu destino: ‘PARATY CULTURA EM VERDE E AZUL’, consolidando seu recente reconhecimento pela UNESCO como Cidade Criativa na Gastronomia e  Patrimônio da Humanidade, pela sua cultura e biodiversidade; incontestavelmente, é o melhor que temos para oferecer às nossas comunidades e visitantes!

elizabette Carolina de Maria

Como somos OFF, de pai e mãe, desde a primeira Flip, seguimos a caminhada com o nosso Circuito Paralelo, divergente e convergente de ideias e em antítese a esta escolha de Elizabeth Bishop, homenagearemos a autora brasileira Carolina Maria de Jesus e seu livro – ‘Quarto de Despejo’.

Seja Bem-vindo ao movimento OffFlip 2020 – Cultura e Biodiversidade.
O Melhor de Paraty Patrimônio da Humanidade e do Cidadão.

Domingos M. Oliveira, Dei Ribas e João Bosco Gomes.
Editores do Folha do Litoral Costa Verde

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