Caso Lázaro, psicopatia ou violência rural planejada

Juçara Braga

O caso Lázaro Barbosa já está inscrito na história da criminologia brasileira e deve render pano pra manga, já virou meme, talvez vire filme e, certamente, virará lenda. Após uma caçada de 20 dias, o homem que driblou a Polícia de Goiás e do Distrito Federal foi capturado na cidade de Águas Lindas de Goiás e morto porque, segundo a polícia, reagiu atirando.
A cena do homem, provavelmente já morto, sendo carregado para uma ambulância, foi sucedida por comemoração efusiva dos policiais já exaustos pela busca extenuante em locais inóspitos. Na fuga, encerrada neste 28 de junho, Lázaro Barbosa invadiu chácaras e deixou um rastro de sangue no caminho.
Descrito como psicopata, sanguinário, frio e imprevisível, Lázaro Barbosa, ao final, surge como bem mais que isso. O homem portava R$ 4.400,00, uma quantia expressiva para quem não trabalhava, não tinha renda e vivia no mato. Já se sabe que ele recebeu acolhida em uma fazenda. Somando isto com aquilo surge a lebre levantada pelo jornalista Fernando Gabeira.
Lázaro Barbosa seria, talvez, pau mandado de pessoas interessadas em expulsar as famílias daquela região por interesse em suas terras. Hipótese bem aceitável considerando-se o perfil dos ruralistas endinheirados nesse Brasil de tanta injustiça, desigualdade e violência, sobretudo no campo, onde o sangue dos menos favorecidos é derramado sem piedade e sem punição há 500 anos.
Agora morto, Lázaro está calado para sempre, o que dificulta, mas não impede a apuração de toda essa trama. A polícia de Goiás já aponta indícios de crime organizado neste caso. O executor dos crimes, Lázaro Barbosa, é conhecido. Resta conhecer, e ver atrás das grades, os mandantes.

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