Governo brasileiro, um trem desgovernado e perigoso

Juçara Braga

Divulgada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a reunião ministerial comandada pelo presidente Bolsonaro no dia 22 de abril desnuda a face sombria da turma que, hoje, está à frente do governo brasileiro.
Certos de que não seriam vistos, nem ouvidos pela população naquele encontro, o presidente do caos e seus ministros soltaram o verbo, mostrando sua torpeza e deixando claro a quem verdadeiramente servem: única e exclusivamente aos seus próprios interesses que estão a léguas de distância dos interesses da maioria da população brasileira.
O reacionário ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que tem histórico criminal na Justiça de São Paulo, falou em aproveitar “que a imprensa só fala em covid” para “passar a boiada”, aprovar, “de baciada”, medidas que não dependem do Congresso Nacional. Porque lá, disse ele, essas medidas não seriam aprovadas.
Vejam só que postura exemplar. Um ministro de Estado propondo passar, por baixo do pano, propostas de desmonte da estrutura legal que sustenta e protege o meio ambiente no Brasil.
O bizarro ministro da Educação Abraham Weintraub propôs “prender os vagabundos do STF”. A ministra sem noção da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves pretende pedir a prisão de governadores e prefeitos.
O ministro do desarranjo da Economia, Paulo Guedes, “ defendeu vender “a porra do Banco do Brasil” e dar uns milhõezinhos para formar novas gerações de gado marcado.
Os exemplos do absurdo estão em todas as falas com destaque para o presidente que não deu um pio sobre assuntos institucionais, de interesse do País. Gastou seu linguajar refinado exclusivamente para sacudir o próprio penico.
Decididamente, o Brasil não merece esse trem desgovernado e extremamente perigoso.




juçara Braga é jornalista e escritora. Autora do livro de causos ‘Perdi meus olhos no travesseiro” (2015), hoje se aventura pelo universo de crônicas e contos. Graduada pela Faculdade Hélio Alonso (1982), trabalhou na Rádio Tupi, TV Manchete, Tribuna da Imprensa e no Jornal do Commercio (RJ), foi chefe de Comunicação do Sesef (Serviço Social das Estradas de Ferro) e colaboradora do Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá.
Em São Paulo, atuou no Diário Popular, na revista Enfoque Feminista publicada pela União de Mulheres de São Paulo e criou a agência Só Texto Comunicação. De volta ao Rio, foi assessora de imprensa na área de Gás e Energia da Petrobras.
A partir de agora temos a honra de contar com o seu talento como colaboradora nas fileiras do Flitoral Costa Verde.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Sobre fldom

Editor Flitoral

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *