O Carro de boi de Chico Ocosta

O carro de boi é movimentado ou puxado por uma parelha ou mais de bois, sempre guiado por um carreiro. E é um transporte dos mais primitivos e simples que ainda hoje é muito utilizado para transportar cargas agrícolas e até pessoas nos mais distantes recônditos do nosso imenso Brasil.

No Brasil colonial os fretes eram comuns para conduzirem famílias de um povoado para outro. Muitas vezes quando em “carro fúnebre”, os carreiros azeitavam os cocões para evitar a cantoria ‘estridente’ em hora inadequada.

“Boeiro” em Portugal, “carreto” para os gaúchos e carro de boi em outras regiões do Brasil. Mas já era conhecido dos chineses e hindus, também pelos Egípcios e babilônios. Hebreus e fenícios usavam o transporte “via bois”. Depois os europeus, na colonização da África e América, fizeram do boi um item indispensável da carga das caravelas

Tomé de Sousa o primeiro governador do Brasil – trouxe consigo carpinteiros e carreiros práticos e, em 1549, já se ouvia o carro “cantador” nas ruas da recém cidade de Salvador.

Nos primeiros tempos da colonização, ocorreu a pujante indústria açucareira, pois da roça ao engenho, do engenho às cidades, o carro de boi foi o maior meio de transporte terrestre durante os séculos XVI e XVII. Transportavam materiais de construção para o interior e retornavam carregados de pau-brasil para o litoral, além de também transportarem os produtos agrícolas que eram produzidos nas lavouras do interior.

Chico Ocosta oriundo de famílias que no começo do século XX, se fixaram na vasta região serrana da Ibiapaba (região essa que nos seus primórdios foi habitada pelos índios tabajaras, e que por má sorte foram extintos pelos perversos portugueses invasores), foi um “carreiro” nas labutas da monocultura da “cana-de-açúcar” no fabrico da rapadura que perdeu para o advento do tal açúcar branco em tempos modernos.

Portanto se orgulha em demasia do suposto nome “carreiro” (que lá na Taboca nem se usava), mas que herdou os tais tratos (no manejo do transporte de cana-de-açúcar, lenha ou mandioca) dos seus antepassados. Mora em São Paulo e para manter sempre viva a “lembrança”, pratica a arte de artesão, produzindo pequenos, “carro de boi”, onde a sua carga é um livro que retrata o “Sítio Taboca – Tianguá Ceará, lugar onde nasceu. Na carrada cultural, também tem alguns dos seus “Cordeis”, que flui do seu criar poético.

São Paulo, 09/02/2020
Chico Ocosta Ver menos

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