Perspectivas e alternativas para realização presencial – FLIP em novembro


Carlos Dei Ribas

Belita Cermelli analisa perspectivas e alternativas para realização presencial – FLIP em novembro



Analisando as perspectivas e alternativas para realização presencial da Festa Literária Internacional de Paraty – FLIP, em novembro, a diretora de Cultura e Educação Casa Azul/Flip, Belita Cermelli disse que há a possibilidade, contudo afirmou que ainda não se tem um formato definido, e existem dois desafios: a questão da saúde pública com a pandemia da Covid-19 e a questão de financiamento do evento, que este ano está complicado, devido à situação nova e dramática que vivemos. Realista, Cermelli acha que, talvez, a situação de saúde pública não permita a realização nos moldes tradicionais, mas analisam outro formato, que atraia menos pessoas presencialmente e se invista na transmissão online dos eventos.

Quanto à sua participação na abertura da OffFlip Transviral, Belita Cermelli disse que ficou emocionada com a realização do evento em julho. Ela acha que o fato de a OffFlip ter mantido a agenda e ter ocupado esse espaço no calendário, é como se fosse um barquinho com uma bandeira avisando: ainda estamos competindo, em alto-mar, estamos na jornada. Salientou que a OffFlip é o movimento que nasceu de um grupo que trabalha no município a questão da participação, do coletivo, de encontrar alternativas para o município de Paraty, que sejam construídas coletivamente e de maneira participativa. Para Belita Cermelli, o fato desse movimento estar vivo e manter erguida a bandeira da Flip, de uma celebração literária acontecendo em Paraty, foi muito tocante. E o convite para ela estar na abertura da OffFlip Transviral a deixa “feliz e orgulhosa desta cidade que é capaz de se organizar desta forma e ser propositiva nesse momento. É uma celebração da OffFlip, mas ela é junto e será a celebração da Flip nesse momento”, ressalta.

Mar de Leitores

Sobre o projeto Mar de Leitores e Flip no contexto desta nova realidade, disse que em Paraty tem um movimento de criação de espaços de leitura e salas de leitura em bibliotecas; que a Flip viabilizou uns 30 mil livros que entraram em Paraty e a rede de instituições e pessoas interessadas em promover a leitura foi abraçando esses livros e criando condições de se ter várias bibliotecas e espaços, viabilizando as bibliotecas comunitárias e a conexão com a comunidade do seu entorno. A partir daí, há uns 20 anos, iniciou-se uma articulação com a rede de bibliotecas. Desde 2019 a rede Mar de Leitores passou a receber recurso, por ser ligada com a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias. Esse financiamento vinha da C&a e, agora, vem do Itaú Social.

A rede Mar de Leitores contempla sete bibliotecas comunitárias: a de Tarituba, a da Casa Azul (Ilha das Cobras), a do Itaim (Parque da Mangueira) a Colibri (Ponte Branca) a do Itema (Morro do Ditão), a da Aldeia Itaxi (Paraty Mirim), a do Quilombo do Campinho. Com a pandemia do Covid-19, o Itaú social disponibilizou R$ 450 mil, que foram investidos em assistência para mais de 1100 famílias atendidas pela rede Mar de Leitores, através das bibliotecas comunitárias, com a distribuição de cestas básicas, livros doados por editoras e colaboradores e outras ações sociais, equivalentes a R$ 150 por família, durante os meses de junho, julho e agosto. Cermelli aproveitou para elogiar campanha Agora é Vida Paraty, feita por artistas e pessoas ligadas à cultura e às artes da cidade, para conseguir mobilizar recursos para ajudar as famílias de artistas e técnicos, produtores que, com a pandemia, tiveram suas economias, suas rendas cortadas.

Biblioteca comunitária da Aldeia Indígena Itaxi

Belita Cermelli disse que essa biblioteca, dentro de uma aldeia indígena, é comunitária porque atende à população que está ali, mas não é uma biblioteca aberta para qualquer um que quiser chegar, porque a aldeia Itaxim tem sua dinâmica e seus costumes. Observou que biblioteca foi bem recebida, é muito querida, a comunidade a construiu, faz a gestão, cuida e participa da rede, interagindo com as outras bibliotecas, mostrando eles mesmos fazendo as mediações de leituras dos livros.

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