A Universalidade da CEU

Esta roda de conversa terá a participação especial do poeta, escritor e jornalista José Salgado Maranhão, do jornalista e escritor Jason Tércio e do jornalista Luiz Fernando Santos, com mediação da jornalista Mari-Jô Zilveti, na qual falarão das suas respectivas obras e carreiras e da sua vivência e experiência no universo da Casa do Estudante Universitário – CEU (RJ), entre os anos 1970 e meados dos anos 1980, relatado no livro “A Universalidade da CEU – Histórias da Casa do Estudante Universitário”, de autoria de João Bosco Gomes, Carlos Dei Ribas e Domingos Moura Oliveira.

“ (…) Imerso no atemporal das pinturas de Dali, respirando e transpirando as Pedagogias da Indignação, de Darcy Ribeiro e do Oprimido, de Paulo Freire, viajando na Erva do diabo, de Castanheda, pelas terras de Deus e o Diabo na terra do sol, de Glauber, jogando xadrez com a morte no O Sétimo Selo, de Bergman – como personagens de filmes de Pasolini, ao som de Caetano, Gil, Milton Chico e seu tons geniais, Todo dia é dia D, de Torquato Neto, encarnado na voz de seu parceiro Carlos Pinto – e da vida de gado do Admirável gado novo, de Ramalho, como se fluindo das telas de Portinari, com as bênçãos da Compadecida de Suassuna, a história de um Brasil ‘brejeiro’, emoldurada nos ensaios da ‘aldeia global’, de Marshall McLuhan, apresentava-se, no choque cultural, para jovens estudantes, estrangeiros no seu próprio país.

Neste primeiro ato do Teatro de Boal, Mariozinho Telles nos conduzia pelos labirintos do inferno e da CEU e, de ‘mão beijada’, nos livrava do Minotauro, presenteando-nos com o Tá na Rua, de Amir Haddad. Neste efervescente Banquete Antropofágico do Libere-se! à moda Wilhelm Reich, no coito coletivo, entre a ditadura e a abertura, teoria e prática, vida e morte, à luz da Utopia da

democracia socrática da República de Platão, nos debates das assembleias da

nossa ágora ceulina e no cotidiano das gestões integradas e participativas das

comissões de albergue, cantina, limpeza, lavanderia, cineclube, teatro e imprensa, florescia a pedagogia multicultural vivenciada, a pedagogia da CEU. (…)”

 Em “A Universalidade da CEU – Histórias da Casa do Estudante Universitário”, (pág. 49).

Mesa:

José Salgado Maranhão – poeta, escritor, jornalista;

Jason Tércio – jornalista, escritor

Luiz Fernando Santos – jornalista

Mari-Jô Zilveti – jornalista (mediadora).

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Editor Flitoral

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