Nesta entrevista, o novo coordenador da Agenda 21 de Paraty, Michel Schutte diz ser uma grande responsabilidade nesse momento de parada forçada, provocada pela pandemia do COVID-19, que pode ser interpretada como o colapso do atual sistema de crescimento desenfreado ou uma parada para se repensar as ações e dar continuidade às iniciativas de desenvolvimento local e integrado, associados aos compromissos de uma agenda global rumo ao desenvolvimento sustentável.
Sobre a função social e o respaldo desse Fórum reconhecido pela Universidade de Québec – Canadá e pela Global Passaporte PNUMA na Rio+20, Schutte reafirma ser a Agenda 21 um instrumento público, instituído por lei municipal, com o propósito de elaborar o planejamento (local/global) integrado de políticas públicas, que envolve a sociedade civil e o governo em um processo amplo e participativo de consulta e análise dos problemas ambientais, sociais, culturais, político – institucionais e econômicos.
A respeito do cenário 2030 ideal para Paraty, considerando-se esses 20 anos, tendo como marcos referenciais o Plano DLIS de 2000 e o Planejamento Estratégico de 2016 ele salientou que trabalham em uma revisão geral dos pontos fortes e fracos desse período para realizarem uma atualização, de um modo macro, pensando no novo desenho da Agenda 2030 tendo como foco os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável como meta, mas precisando ir além do desenvolvimento sustentável, “que já não é mais suficiente (…) ou seja, REGENERAR, tomar parte no sistema de forma a, efetivamente, garantir que o nosso consumo não comprometa as demandas das gerações futuras”.
Link Planejamento Estratégico –
https://www.folhadolitoralcostaverde.com/folha%20do%20litoral%20pdf/fl%20planejamentoestrat%C3%A9gico.pdf
Em relação às ações prioritárias sugeridas pelo Fórum DLIS – Agenda 21 de Paraty ao Plano de Recuperação Econômico pós Covid-19, sugerido pela prefeitura de Paraty, Schutte observou ter sido um dos primeiros trabalhos oriundos de demanda espontânea dentro da atual gestão, trazendo o viés da Recuperação Econômica para o Desenvolvimento Sustentável, tendo em vista a inclusão social deixada de lado por este modelo de crescimento. Para esta gestão, garantiu, as ações devem ser realizadas simultaneamente de forma integral, sem hierarquia, aconchegadas, priorizando a vida. Veja arquivo pdf do Plano no final da matéria.
Ações prioritárias: Transparência em todos os níveis; Retomada do Orçamento Participativo; Contratação de Consultoria com experiência em economia sustentável e contando com a participação de consultores locais (conselho de experts); Turismo sustentável como forma de alavancar outras atividades econômicas (agricultura familiar, maricultura, artesanato, pesca, educação técnica e universitária, empreendedorismo, entre outras); Articulação e maior participação dos conselhos nas tomadas de decisões; Planejar um aprimoramento da Estratégia de Saúde da Família – ESF concomitante ao plano de retomada da economia.
Schutte ressaltou ser uma gestão interina (três meses, renováveis) até que se possa realizar uma assembleia presencial para se eleger um grupo diretivo definitivo, com previsão para o segundo semestre.
Em tempo: No dia 8 do corrente foi realizada a primeira assembleia convocada pelo grupo diretivo interino na plataforma digital Zoom.
Editores; João Bosco, Carlos Dei e Domingos Oliveira
Ações prioritárias sugeridas pelo Fórum DLIS – Agenda 21 de Paraty ao Plano de Recuperação Econômico pós Covid-19 da Prefeitura de Paraty