Juçara Braga
Quem acompanhou todo o rebuliço causado pela decisão judicial desta segunda-feira, 8 de março, que reconheceu a incompetência do fórum de Curitiba, capitaneado pelo então juiz Sérgio Moro, para julgar e sentenciar o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva deve estar se perguntando: afinal, o que tem esse ex-metalúrgico do ABC paulista pra causar tanto impacto?
Gente, noticiários impressos, de rádio, TV e internet estão com Lula na boca incessantemente desde a segunda-feira (8), Dia Internacional da Mulher. Veículos progressistas comemoram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e a mídia tradicional trinca a dentadura porque “Lula vai trazer de volta a beligerância de 2018, vai derrubar os mercados, vai (pasmem!) fazer Bolsonaro gastar mais com o social, estourando o teto de gastos”, enfim, Lula é uma catástrofe na opinião da mídia conservadora.
O campo progressista comemora e todas as pessoas lúcidas, sejam de direita – vejam, bem, de direita, porém não fascista – ou de esquerda reconhecem que, finalmente, se fez justiça em relação ao ex-presidente Lula. Afinal, até o mundo mineral já enxergou as relações espúrias estabelecidas entre o meritíssimo Moro e os procuradores da República capitaneados pela estrelinha Deltan Dallagnol com o propósito de tirar Lula das eleições de 2018.
“Espera lá! Já se vê, entretanto, pelo tom dos comentaristas, que certa direita, com representantes cativos na mídia tradicional, reconhece o óbvio, mas tenta desviar o foco da dantesca atuação da República de Curitiba, centrando fogo na figura de Lula. É preciso tirar o ex-metalúrgico do caminho. Esse negócio de investir no social, tirar gente da extrema pobreza, abrir espaço para universalização de direitos não agrada ao “mercado”.
O capital internacional, que tem as mandíbulas grudadas no território brasileiro, só olha pra baixo quando precisa ajustar a ferradura, portanto, a luta para o resgate da democracia plena no Brasil não será fácil. Essa guinada da Justiça traz uma lufada de ar e fortalece a luta. Lula representa, sim, a enorme parcela da sociedade brasileira que rejeita o fascismo, aposta na vida e não na morte e acredita na construção de um Brasil mais justo e igual para todos os brasileiros.
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