Fala Comunidade Karina Braz

Em entrevista ao programa Fala Comunidade da TV Flitoral, fazendo uma análise sobre a situação do artista frente à situação da pandemia da Covid-19, a cantora e compositora Karina Braz disse que a classe artística esperava mais dos governantes, que não têm nenhum plano emergencial específico.

Em relação ao Plano de Recuperação Econômica pós Covid-19, lançado pelo Executivo Municipal, ela disse que os artistas de Paraty enviaram proposta de emenda da classe, mas a resposta que receberam é que esses editais ainda serão elaborados, sem previsão de quando estarão disponíveis, em contraponto com a necessidade geral, que existe agora.

Falando do seu trabalho musical, que passou pelo programa ‘O Básico da Sexta’, por parceria no projeto Vivência Paraty, junto com os Mascaradinhos, trabalhando “a marca do destino”, Karina Braz acentuou que a partir daí e após o convite para participar da Offflip, descobriu a necessidade de agregar mais músicos e que estas vivências a ajudaram na formatação do seu estilo musical hoje.

Ressaltou que cercada pelo mar e pelo cotidiano caiçara, não cantava sobre isso, mas as feiras e eventos da Offflip e Agenda 21 de Paraty a levaram a se resgatar de si mesma, imprimindo com veemência esta sua cultura em sua música.

Como profissional de saúde e artista, sua avaliação nesta era pós Covid-19 é que a arte e a música também fazem parte desse combate, compondo letras com pensamentos otimistas e positivos. Constata que ninguém está preparado, tem seus medos, espera que sejamos melhores depois disso, e acredita que temos que combater esse inimigo invisível com a solidariedade, protegendo quem não pode sair de casa.


Sobre o EP ‘Maré cheia’ lembra que o mesmo surgiu na época do programa ‘O Básico da Sexta’. Tinha músicas guardadas. Ao ser convidada para a Offflip, viu que precisava revelar músicas autorais. A partir daí, registrou e disponibilizou em plataformas digitais essas obras, que falam das suas vivências em Angra (cidade onde nasceu) e Paraty (onde vive), suas ‘crônicas’ da própria vida, da vida dos pescadores, do cotidiano caiçara.

Quanto a um novo projeto para a ‘quarentena’, Karina Braz disse que, antes da pandemia, estava trabalhando no novo EP “Tempo”, com músicas regionais, falando do cotidiano caiçara, mas sofreu influencia das raízes culturais de músicos que passaram pelos projetos, como a cantora e compositora Irene Margarida e o músico percussionista uruguaio Jonathan Andreoli, especialmente na música “Tempo”, uma “cumbia de raiz”, que fala do amor que cada um tem dentro de si e se perdeu e do resgate desse amor.

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Editor Flitoral

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