“Guerra de Canudos – A Voz e a Vez das Mulheres”

Edmilson Santini apresenta, em seu novo livro “Guerra de Canudos – A Voz e a Vez das Mulheres”, uma coletânea de cordéis que narra a épica história de mulheres emblemáticas que atravessam diferentes tempos e espaços, destacando seus papéis de resistência e protagonismo.

Além de Dora de Canudos, o autor expande sua narrativa para outras figuras femininas notáveis, como Manuela, da Revolução Farroupilha, Fayga Ostrower, Nísia Floresta, Júlia Lopes de Almeida e Nise da Silveira.

A obra celebra o protagonismo feminino, utilizando o cordel para exaltar suas lutas e legados, enriquecendo a cultura popular e resgatando a memória dessas sete mulheres revolucionárias.

O livro começa com a heroína Dora, que mata o comandante Moreira César, alterando o rumo da guerra. A partir desse momento, o poder feminino, seja através da fé ou da força, guia a resistência de Canudos.

O segundo cordel, “Penélope dos Farrapos”, narra a história de Manuela, uma jovem apaixonada envolvida nas tramas da Revolução Farroupilha. Retratada como uma figura semelhante à Penélope, ela tece e aguarda no contexto do sul do Brasil, ao lado de figuras históricas como Giuseppe Garibaldi e Bento

Gonçalves.

O terceiro cordel, “Odisséia de Penélope”, revisita o mito grego de Ulisses, destacando Penélope, esposa de Odisseu, que espera seu retorno tecendo e desteçando uma renda, simbolizando paciência e lealdade. A narrativa entrelaça temas da mitologia grega com a cultura popular brasileira, incorporando referências afro-brasileiras e destacando a força e sabedoria de Penélope. A obra celebra a oralidade e a tradição do cordel nordestino.

O quarto cordel, “FAYGA OSTROWER: Nas Asas da Ousadia”, narra a trajetória de Fayga Ostrower, uma artista que enfrentou a Segunda Guerra Mundial e imigrou para o Brasil, onde se destacou na gravura. O cordel usa metáforas de movimento para descrever sua jornada criativa e seu impacto na arte e na educação artística, celebrando sua contribuição à cultura brasileira e mundial.

O quinto cordel, “Nísia Floresta”, homenageia Nísia Floresta, pioneira na luta pelos direitos das mulheres e defensora da educação feminina. A narrativa explora sua trajetória desde o nascimento até sua atuação intelectual e revolucionária, destacando sua contribuição ao feminismo e à justiça social. O cordel simboliza o legado cultural de Nísia Floresta, enraizado nas tradições populares brasileiras.

O sexto cordel, “Júlia Lopes de Almeida: Um (Com) Pássaro Adiante”, celebra a vida de Júlia Lopes de Almeida, uma importante escritora brasileira. A narrativa traça sua trajetória desde a infância até seus feitos como escritora, jornalista e educadora, destacando sua luta contra o machismo e sua contribuição à literatura. A metáfora do pássaro adiante representa Júlia como uma pioneira sempre à frente de seu tempo, desafiando normas e abrindo caminho para futuras gerações.

O sétimo cordel encerra a coletânea com uma homenagem a Nise da Silveira, uma psiquiatra revolucionária que desafiou métodos tradicionais da psiquiatria e propôs a arte como forma de tratamento. O cordel destaca sua visão inovadora, sua relação com os gatos e seu papel no uso da arte como ferramenta de cura.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Sobre fldom

Editor Flitoral

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *