I Simpósio de Saberes Inter Mulheres Medicina (SSIMM)

O I Simpósio de Saberes Inter Mulheres Medicina reuniu 30 participantes nos dias 21 e 22 de setembro, na Fazenda do Bosque, no bairro do Cabral. A programação incluiu vivências conduzidas pelas terapeutas Maira Leme, Daniella de Medeiros (Dhanista), Luciane Couto e Grazzielle Zacaro; almoços e conversas à beira do fogão de lenha; plantio de mudas certificadas pela Farmanguinhos/Fiocruz; exposição de trabalhos científicos; uma mesa redonda; construção da Carta da Prosperidade; e dança circular.

Maira Leme apresentou a fasciaterapia, inspirada no terapeuta Danis Bois, onde movimentos simples permitem identificar sons e movimentos internos do corpo, conectando-nos aos nossos limites físicos e sensoriais. Na Constelação Medial, Daniella de Medeiros proporcionou uma roda de emoções e memórias, evocadas por uma palavra, um abraço ou um olhar. Luciane Couto, da Casa Borboleta Bleu, propôs uma mudança na frequência com que nos relacionamos com nós mesmos, com a natureza e com o planeta. Grazzielle Zacaro abordou a fitoenergética e os estudos de Goethe sobre a observação das plantas e dos ciclos da natureza, culminando no plantio de 50 mudas de plantas medicinais certificadas pela Farmanguinhos/Fiocruz, destinadas a uma agrofloresta na Fazenda do Bosque.

À beira do fogão de lenha, Maria Guadalupe emocionou com seu depoimento de 40 anos vivendo como caiçara, conectada à floresta e ao mar. A pedagoga Patrícia Solari compartilhou sua experiência como fundadora da ONG Nhandeva e descendente Guarani, lendo um trecho de seu livro Ymaguaré Pohã – A cura ancestral, que resgata histórias e plantas de cura da aldeia Paraty-Mirim. A professora Waldorf Priscila Lima encerrou com um conto autoral, destacando o poder de cura pelas palavras e a contação de histórias, momentos que transcendem o tempo e repercutem memórias e sensações.

Na mesa redonda, participaram a educadora Walkiria Rosa, com sua tese de doutorado sobre saberes tradicionais e científicos em Minas Gerais; a médica pediatra Bianca Dray, que abordou seu trabalho voluntário na Organização Arte de Viver; a bióloga Flávia Toqueti, do Instituto Noosfera, que apresentou a Educação Ambiental Sintrópica; a parteira Jaquelina Fernandez, que falou sobre a reconexão dos ciclos femininos e da arte indígena no parto; e a terapeuta Christiane Rodrigues, articuladora do Núcleo Jequitibá da RedesFito, que defendeu a implantação das práticas integrativas no SUS. O grupo elaborou a Carta da Prosperidade, a ser encaminhada às autoridades públicas, e encerrou o evento com uma dança circular conduzida pela professora Graciela Nadal.

Seis trabalhos científicos foram apresentados, e seus conteúdos estarão disponíveis nos anais do evento. O biólogo e geógrafo Jefferson Santos, coordenador das RedesFito, e o geógrafo Heitor Praça, da Fiocruz, apoiaram e divulgaram o SSIMM pelas RedesFito de todo o Brasil.

O evento contou com o apoio de uma rede local de profissionais, incluindo Dama do Bosque (@damadobosque), Hora do Chá (@minha.hora.do.cha), Casa Borboleta Bleu (@casaborboletableu), Grupo Terapêutico TAO (@meditaieorai), Sofia Sampaio Gama (@sofia_nutricao_paratycunha), C.U.R.A. Saboaria Artesanal (@curasaboariaartesanal), Eco Pousada Ytororó (@pousadaytororo), CEPAM (@fasciaterapia_mairaleme), Projeto Plantando Mais Saúde (@abesp_paraty) e Folha do Litoral Costa Verde (@folhadolitoralcostaverde). A ABESP – Associação Beneficente Educativa e Social de Paraty – também esteve presente, representada pelo Padre Milton.

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Editor Flitoral

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