A Visão de um repórter caolho – Qualidade do Sistema Único de Saúde – SUS Paraty

Olá! Amigos!
Estamos de volta com a segunda edição do programa A visão de um Repórter Caolho — A caminhada de um olho cego procurando por outros, que nos possibilite enxergar além da luz no final do túnel, as dimensões  de um Gerenciamento Integrado – GI,  para aprimorar a  Qualidade do Sistema Único de Saúde – SUS, tendo como cenário o Município de Paraty – Patrimônio Mundial pela Cultura e Biodiversidade.

Como um usuário do SUS, que também articulou a implantação da Estratégia de Saúde da Família em Paraty em 2001,  para ilustrar esta matéria, relato a minha experiência e da minha família que, apresentando os sintomas da COVID19: febre, calafrios, tosse, cansaço, dor no corpo, congestão nasal e coriza, procuramos a nossa Unidade da Saúde da Família, no Sertão do Taquari que, apesar de ter a infraestrutura para realização do diagnóstico, não dispunha do profissional para autorizar o procedimento. E assim, como dezenas de pessoas de outras unidades de Saúde, tivemos que nos deslocar para o Centro de Paraty e congestionar o Hospital Municipal Hugo Miranda administrado pela Viva Rio, com filas e aglomerações.

Apesar da demora e do sacrifício dos profissionais de saúde, com apenas dois médicos, que também atendiam as emergências, fomos bem atendidos, fizemos os testes que positivou COVID e saímos medicados e com os ecos de vozes febris na cabeça, clamando pela indispensável restruturação da Estratégia de Saúde da Família–ESF, para melhorar a qualidade de vida da população e evitar o congestionamento do hospital (HMHM ) e do sistema municipal de saúde.

Motivado por esse cenário de dificuldades, impostas pelos imperativos ambientais, sanitários, econômicos, políticos e pelas vozes febris que ecoam na minha cabeça, e também pela ressurgência das memórias do processo metodológico de Gerenciamento Integrado, utilizado para implantação da ESF em Paraty em 2001, amplamente documentada e articulada por este veículo em conjunto com o movimento comunitário – COMAMP, propomos  uma análise coletiva do atual sistema municipal de saúde, a partir das setes dimensões que fundamentam essa metodologia  Gerenciamento Integrado.

Sem muito esforço, podemos observar que apesar de termos a primeira dimensão do principio constitucional:  Saúde um direito de todos e dever do estado  e a Infraestrutura como ponto alto, Hospital, SIS e Unidades de Saúde bem equipados, temos dois pontos baixos: falta de Planejamento Estratégico e a precariedade da informatização dos dados do SIAB – Sistema de Informação de Atenção Básica — que atualmente podem ser feita através do aplicativo e-SUS Território — que afetam diretamente a qualidade dos outros três pontos, pois despontencializa os Recursos Humanos, desmotiva as Habilidades dos Profissionais e compromete o desenvolvimento de uma cultura organizacional responsiva e aprendiz de Gerenciamento Integrado para a Qualidade Integral do sistema municipal de saúde.

Conclusivamente podemos afirmar que é indispensável a urgente informatização dos dados do SIAB – Sistema de Informação de Atenção Básica, para que, através da sistematização em tempo real das informações das demandas, planejar os recursos financeiros e capacitar os  recursos  humanos para garantir a qualidade integral dos serviços de saúde pública.

O SIAB / SUS foi implantado em 1998 como um instrumento de gerenciamento dos Sistemas Locais de Saúde, incorporando em sua formulação os conceitos de território, problema e responsabilidade sanitária. Por meio desse sistema obtêm-se informações sobre cadastros de famílias, condições de moradia e saneamento, situação de saúde, produção e composição das equipes de saúde.

A disponibilização da base de dados do SIAB na internet faz parte das ações estratégicas do Ministério da Saúde, com o objetivo de fornecer informações que subsidiem a tomada de decisão pelos gestores do SUS e a instrumentalização pelas instâncias de Controle Social, publicizando, assim, os dados para o uso de todos os atores envolvidos na consolidação do SUS.

Com o conhecimento desenvolvido em Paraty, à últimos 26 anos, sobre a metodologia de Gerenciamento Integrado e Planejamento Participativo, amplamente documentada através de leis municipais, estaduais, artigos, matérias, planejamentos estratégicos e projetos exitosos reconhecidos pela Unicamp, UFRJ, UFRRJ, Fundação Osvaldo Cruz – OTSS, FGV, Sebrae e internacionalmente pelo PNUMA e Universidade de Quebec – Canadá, nos colocamos à disposição do Conselho Municipal de Saúde, Secretaria de Saúde e das comunidades de Paraty, para elaboração de um planejamento estratégico para um Gerenciamento Integrado, responsivo e aprendiz que nos possibilite aprimorar a Qualidade Integral do Sistema Municipal de Saúde de Paraty.

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