Entrega do Título – Paraty e Ilha Grande Patrimônio Mundial

Finalmente sábado, 12/11/2022, às 10h, na Casa da Cultura de Paraty aconteceu a cerimônia oficial de entrega do certificado de Paraty e Ilha Grande Patrimônio Mundial pela Cultura e Biodiversidade.

A coordenadora de cultura da Unesco no Brasil, Srª Isabel de Paula e o superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Sr. Olav Shrade, fizeram a entrega do certificado ao prefeito de Paraty, Sr. Luciano Vidal e Deputada Estadual, Srª Célia Jordão representado o prefeito de Angra dos Reis, Sr. Fernando Jordão

Após árduo trabalho de mais de 20 anos, desde a primeira tentativa pró Patrimônio Mundial, em 1982 – entre pleitos e candidaturas, finalmente em 2019, Paraty-RJ foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) com o título de sítio misto Paraty e Ilha Grande Patrimônio Mundial pela Cultura e Biodiversidade. Foi a primeira vez que um local é declarado patrimônio misto – cultural e natural – na América do Sul. O reconhecimento se estende à Ilha Grande e uma extensa de área preservada da Mata Atlântica na Serra da Bocaina.

A decisão ocorreu na 43ª Reunião do Comitê de Patrimônio Mundial da Unesco, realizada na sexta-feira, 5, em Baku, capital do Azerbaijão.

NOTA do Flitoral – Nos seus 25 anos de existência o jornal Flitoral – Folha do Litoral Costa Verde tem acompanhado toda essa narrativa e sente falta da menção da Agenda 21/ 2030 no dossiê do título de Paraty e Ilha Grande Patrimônio Mundial e no Plano de Gestão, Agenda que será indispensável não só para consolidar esse reconhecimento, mas para garantir a sustentabilidade do planeta. A Agenda 21 de Paraty foi oficializada pelo atual prefeito quando era vereador.

Retomada da campanha em 2018

Histórico da campanha Paraty Patrimônio Mundial

1982 – O prefeito Edson Lacerda, Padrinho – Roberto Marinho, Instituto Histórico e Artístico de Paraty, Tom Maia e Regina de Camargo Maia preparam o primeiro dossiê que, por não ter sido encaminhado oficialmente através do Itamarati, não pode ser apreciado pela UNESCO;
2000 – A ideia ressurge no governo de Benedito Melo (Dedé); mesa redonda no final da extinta ECOTV;


Foto:  João Gerônimo – COMTUR, Amaury Barbosa- IHAP , Benedito Melo – Prefeito, Lia Capovilla – EcoTV, Domingos Oliveira – COMAMP, Ney França – APA Cairuçu, Izabele Cury – IPHAN, Mauro Munhuz – Arquiteto.

2001 – O prefeito José Claudio de Araújo cria, através de decreto, “o Comitê Executivo Pro- Unesco” em paralelo foi fundada a “ONG Pro-Paraty”, tendo como presidente o dr. João Carlos Freire. É criado também, através de decreto, um grupo de trabalho permanente. “A Comissão Permanente PRÓ-Sítio do Patrimônio da Humanidade de Paraty”, Formada por instituições federais: IPHAN e IBAMA, ICOMOS (Governo do Estado), Conselho das Associações de Moradores de Paraty (Comamp), Dlis – Paraty, Fundação Roberto Marinho;
Dá-se início aos trabalhos técnicos e de campo, com reuniões nas comunidades: urbana, rural e costeira, trabalhando o conceito de patrimônio;
Dezembro 2001 – A Fundação Roberto Marinho promove o seminário “Planejamento e Patrimônio Mundial”, bases para a elaboração do Dossiê;
Início de 2002 – Seminário sobre relações internacionais (Itamaraty / Unesco Brasil);
2003 – José Pedro de Oliveira Costa, assume a coordenação geral dos trabalhos;
Final de 2003 – Término do 1º Dossiê, que é enviado no início de 2004 para a UNESCO. Paraty inscrita no programa Monumenta;
Final de 2004 – Devolvido ao Itamaraty, do Ministério da Cultura, com observações, sugestões e o pedido de um anexo, o “Plano de gestão”; IPHAN – assume a coordenação, na pessoa de Thays Ressoto;
2005 – José Carlos Porto Neto assume a prefeitura e apoia a continuidade dos trabalhos. Somente em meados de 2006 a coordenação dos trabalhos volta para Paraty. Tendo continuidade, novos estudos são feitos, buscando responder às sugestões da UNESCO e, em paralelo, prepara-se o Plano de Gestão, para acompanhar o dossiê;
2007 – José Pedro de Oliveira Costa se torna consultor do projeto e Sílvia Figuerut assume a coordenação. Setembro de 2007 – Através do Itamaraty seguem para análise no Centro do Patrimônio Mundial, o dossiê e o plano de gestão;
Outubro de 2007 – A UNESCO solicita mais informações e mapas detalhados;
Fevereiro de 2008 – Os novos estudos completam o Dossiê Final, acompanhado dos anexos: Plano de Gestão e um estado detalhado feito pelo governo português, DGEMIN – direção geral dos edifícios e monumentos nacionais (convênio assinado em 2003) – Vasco da Gama e Margarida, são enviados para a UNESCO, pelo Itamaraty;
Neste período Paraty é escolhida pelo Ministério do Turismo, entre 65 destinos turísticos, como um dos 10 destinos a se tornarem referência no Brasil, na categoria turismo cultural. A ONU – no programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), governo francês, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Turismo escolhem Paraty para sediar um projeto piloto de turismo sustentável “Passaporte Verde” – referência para o mundo;
2009 – Com a candidatura – “Caminho do Ouro em Paraty e sua paisagem” chega na última etapa da avaliação, mas é rejeitada;
2012 – Paraty é reconhecida na abertura da Rio+20 como referência da Campanha Global Passaporte Verde;
2018 – Paraty é reconhecida como Cidade Criativa na Gastronomia, pela Unesco;

Paraty e Ilha Grande Patrimônio Mundial

Em 2019, finalmente Paraty-RJ foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como Patrimônio da Humanidade. É a primeira vez que um local é declarado patrimônio misto – cultural e natural – na América do Sul. O reconhecimento se estende à Ilha Grande e uma extensa área preservada da Mata Atlântica na Serra da Bocaina.
A decisão ocorreu na 43ª Reunião do Comitê de Patrimônio Mundial da Unesco, realizada na sexta-feira, 5, em Baku, capital do Azerbaijão.

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