Sarau das Artes, Lançamento da 1ª Banda de Pífano de Paraty e Forró da OFF, em homenagem a Mano Melo na 19ª OffFlip

Permeado por muita poesia, musicalidade e a energia das crianças que “roubaram a cena” com seus micro recitais, o Sarau das Artes, apresentado por Marcello Ribeiro e Zé Geraldo, no segundo dia da 19ªOffFlip – Cultura e Biodiversidade 2023 deixou aquela marca do “barulhinho bom”, com o Lançamento Coletivo de livros, a inesperado lançamento da primeira Banda de Pífaros de Paraty, uma homenagem à intensa performance poética do excêntrico Mano Melo e o fechamento com o Forró da OFF, tendo como protagonista o Trio Maria Aurora, que catalisou o clima dançante de “festa do interior” e de realização dos presentes.


Lançamento Coletivo de Livros

O

O evento teve partida com o Lançamento Coletivo dos livros: “Solo”, de Uilna Carvalho de Souza – Um livro que tem o objetivo de passar para gerações futuras o conhecimento sobre o solo, da sua importância e da manutenção de um meio ambiente equilibrado; “Fui verso e voltei prosa”, de Cícera Maria, uma ode ao amor; “Gestão situada de incubadoras sociais”, do prof. Dr. Judson Nascimento – uma proposta de gestão que valoriza a cultura, crenças, saberes e fazeres locais como condição para o desenvolvimento sustentável; “A liberdade é um céu em que habitam virgens e capetas – uma quase antologia”, de Iverson Carneiro – Uma compilação de de poemas publicados em diversos livretos mimeografados pelo autor, além de novos poemas; “MA – Eu. Mulher.Trans”, de Marcela Bosa – uma autobiografia expressando sua dor para que as pessoas cisgêneros desenvolvam melhor empatia; o virtual “FioZine – Entre Fios e Trocas”, organizado pela poeta e produtora Clécia Oliveira, trazendo obras multilinguagens de diversos autores; “Sobreminhapessoa.com”, de Neusa Maria – Um tratado sobre a vida pessoal/existencial de “uma pessoa apaixonada em transformar sua caminhada de seus parceiros em alegria de viver”; além do pré-lançamento de “Motivo e Recompensa – Retratos Geopoéticos”, de Chico Livino

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Contando histórias e bailando

Mano Melo

O segundo momento da noite foi marcado pela rica e intensa performance do poeta, ator, romancista, roteirista Mano Melo, como um verdadeiro “Shakespeare com pimenta sonora”, lavrando palavras e contando suas histórias com toda sua peculiariade, como quem diz poesia e dizendo poesia como quem conta histórias, com poemas antigos e novos, com destaque para o diálogo entre Macunaíma e Mário de Andrade, que encantou não só o público adulto, mas também as crianças que fizeram o reciltal da noite tornar-se muito especial.

1ª Banda de Pífano de Paraty

Ao final, Mano Melo recebeu uma homenagem da Banda de Pífaros de Paraty, que entrou de surpresa no salão, entoando clássicos da música nordestina.


Forró da OFF – Trio Maria Aurora

André Brandão, Mateus Rocha
e Ana de Magalhães

Fechando o evento da noite, o Trio Maria Aurora também não deixou por menos, fazendo os corpos balançarem ritmicamente com os baiões, xotes, xaxados tradicionais e novos também, convidando os presentes a ocuparem a área em frente ao palco com seus passos coreografados ou não e, mais uma vez, a criançada presente é que teve a espontânea iniciativa de bailarem como lindos passarinhos doidos, jorrando felicidade musical. Para encerrar, todos subiram ao palco e Mano Melo recitou um belo poema sobre a música nordestina, ao som do Trio Maria Aurora.

Viva o povo brasileiro
Viva Jackson do Pandeiro
E Viva Gonzagão,
O maior sanfoneiro do sertão.
Baião, xote, xaxado
Maxixe.
Vixe,

Que o zabumba tá zoando,
O triangulo tá trincando,
As morenas requebrando
E a festa tá bombando.
Tem magia, abacadabra,
Tem Totonho e seus cabras,
Mestre Ambrósio e Marinês.

O forró é a bola da vez,
E quem deu licença,
Foi o Mestre Alceu Valença!
Aqui não tem falcatrua,
Ninguém faz arruaça,
A alegria está na rua,
E tomou conta da praça,

Embandeirada
E cheia de mulher bonita
Enfeitada
E Cheirosa:
Tão com tudo e não tão prosa,

Dando sopa,
Com pouca roupa,
Muito a fim de umbigada.
É cedo ainda
A lua está linda
E a noite é criança.
Vamos cair na dança,
Que até o sol raiar,

 A FESTA VAI CONTINUAR.

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