18ª OFFflip- Antropofagia a semana de 22 e anuncia Festival da Cachaça, Paraty em Foco e FLIP

Degustando e “antropofagiando” a Semana de Arte Moderna de 1922, no contexto de Paraty e Ilha Grande Patrimônio Mundial pela Cultura e Biodiversidade, a OffFlip trouxe em sua programação a escrita documental, a poesia, a música, a performance, o cinema, os produtos locais da Gastronomia Sustentável, propondo reflexões sobre a Semana de 1922 e suas influências até a atualidade,

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Um destaque inédito foi a participação do fotógrafo Giancarlo Mecarelli, que anunciou a mesa com Pedro Karp Vasquez sobre as ressurgências das memórias de Mario de Andrade como fotógrafo. Que acontecerá no 18º Paraty em Foco – Festival Internacional de Fotografia, de 21 a 25 de setembro.

A OFFflip também anuncia o 40º Festival da Cachaça de Paraty, de 18 a 21 de agosto, dia do Caminho do Ouro, 21 de agosto e a 20ª Flip, de 23 a 27 de novembro.

Como tradicionalmente a Offflip faz o encerramento geral no dia Oficial do Caminho do Ouro (21 de agosto), nessa data o nosso convidado especial , jornalista e escritor Jason Tercio, que não pôde comparecer presencialmente por ter contraído covid, participou de uma live no Canal Flitoral – Youtube, no dia 21 de agosto, às 19h, na qual falou sobre Mário de Andrade e a Semana de Arte Moderna – com a temática “A ideia moderna no Brasil, caminhos e impasses”, retratada na biografia de Mário de Andrade, “Em Busca da Alma Brasileira”, escrita por ele. Esta roda de conversa terá mediação dos também jornalistas Luiz Fernando Santos e Mari-Jô Zilveti.


Quinta – 28 Abertura

O evento homenageou o sambista e compositor Edeor de Paula, que recebeu o Estandarte de Ouro de 1976, com o samba os Sertões, pela Escola de Samba Em Cima da Hora: com trechos do filme “Edeor de Ouro – Etnografia de um Sambista”, de Noilton Nunes. Uma produtiva parceria e amizade, que rendeu projetos como Caravanas Euclidianas, levando a obra de Euclides da cunha para a escolas brasil adentro/afora.

Em seguida a artista-plástica, atriz, youtuber, escritora, poetisa, contista e biógrafa Cícera Maria fez o lançamento da biografa do sambista e compositor Edeor de Paula, descreveu a história desta obra, e da casualidade do destino de ter sido convidada pelo compositor para escrever a sua biografia, nascendo daí uma afeição e cumplicidade que resultou no livro “Memórias de um Sambista”


A diretora da Cooperativa Serra do Mar, Ladjane da Silva falou e dos efeitos das “sementes plantadas” do projeto de educação ambiental “Não jogue seu óleo pelo ralo”, iniciado em Paraty, mas que ganhou notória expansão em Angra dos Reis, junto às escolas públicas e de como essa iniciativa ganhou importância no cotidiano das famílias e de crianças, adolescente e jovens que hoje se dedicam à preservação ambiental. Este programa foi reconhecido como referência pela Global Passaporte Verde- PNUMA na abertura da Rio+20.
Samyr Mariano Dir. do Comitê de Bacias da Ilha Grande falou sobre a retomada desse projeto pela Escola Municipal Pequenina Calixto e, representando os alunos dessa escola, recebeu uma cesta com produtos de limpeza para ser entregue ao vencedor da gincana ecológica que estava sendo realizada por essa Escola;


O pesquisador, poeta, letrista Euclides Amaral, lançando o seu livro “A letra & a poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças” falou da influência da poesia provençal do século XI, e ibérica do século XVI, na formação de uma identidade lítero-musical dos letristas brasileiros do século XIX ao XXI, com predominância da relação entre a poética da palavra cantada e da da palavra escrita, que potencializa a figura do letrista da poética popular como um poeta tão sofisticado e tão importante quanto os artistas do campo erudito.


Em seguida a comunidade paratiense prestou homenagem ao maestro, compositor, instrumentista e arranjador e produtor, Matias Capovilla, que nos deixou em junho e que nos últimos 6 anos foi diretor musical do programa Cesta Básica, da Rádio Núcleo Paraty, além de professor na Casa da Cultura de Paraty; promovendo a integração dos músicos de Paraty com projetos como Sexta Básica, Sarau Proético Samba, Fórum da Paz – Guaranis, Banda sem Destino e Oficina do Som & Jovens Talentos de Paraty. Participaram desta homenagem Lia Capovilla (irmã), Anna Capovilla (mãe), Wilma Nunes – Dedé (esposa) e seu filho Teo, além do professor Carlos Fernando, que comentou sobre a ideia da Matias Capovilla para a ‘construção’ do livro “A viagem de Teo”, através do jogo de enigmas, ora em elaboração.

Lia Capovilla escreveu um belo texto para homenagear Matias Capivilla, no qual destaca a parceria incondicional do inquieto e curioso irmão que, embora mais novo, a ensinou e continua ensinando.
Um bom aluno que sabia ouvir, mas não se rendeu a escola convencional, nunca tendo frequentado um curso de música.
Segundo ela, sua iniciação musical se deu nos anos 70, “ainda crianças, na sala de casa com a tv e o toca discos (…) o popular (jazz, mambo, samba, bossa) e a música clássica – impressionou de forma irreversível nossos ouvidos; escutando os maestros Henry Mancini (A Pantera Cor de Rosa), Lalo Schifrin (Missão Impossível), Nelson Riddle (Batman, a série), John Williams (Tubarão), entre outros, (…) lendo as coleções Nova História da Música Brasileira, da Editora Abril.(…) Mestres como Radamés Gnattali, Rogério Duprat, Tom Jobim, Laércio de Freitas (…) foi o ambiente ‘protéico’ do Matias.
Essas referências profundas e de qualidade inegável são a marca do seu trabalho, cheio de refinamento e nada convencional.
Quando ouço qualquer música hoje não
consigo dissociar o som dos instrumentos de sua pessoa, desse criador inquieto e apaixonado que foi o meu irmão, Matias.”
Com muito amor.
Lia Capovilla
(_Leia o texto na íntegra neste link: https://folhadolitoralcostaverde.com/homenagem-ao-maestro-matias-capovilla/)

Wilma Nunes – Dedé falou emocionada da sua relação com Matias Capovilla e do filho Teo e o homenageou com o poema “Guardar”, de Antônio Cícero:

“Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso, melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que de um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.” 

Domingos Oliveira lembrando os amigos que recentemente partiram, mas que estavam presentes na ressurgência das memórias, reverenciou : Chico Fernandes, o mestre da ecopedagogia; Rogério Custódio, sua flauta e irreverência; Walmes Galvão e seu texto irretocável; Capô o Profeta da Fome, com sua Harmada e Nervos de aço e por fim saudou o maestro Matias Capovilla com sua música performática e a participação do poeta Euclides Amaral.

” Voltaremos iguais ou em outras formas
Na forma de caracol, caramujo, caranguejo
Chife de bode , Comigo-ninguém-pode
Esporão de Galo, calda de pavão ….”


O sub-Secretário de Agricultura de Paraty, Vagno Martins subiu ao palco com a filha Helena, falou da sua trajetória como aspirante e, posteriormente, líder comunitário, da comunidade de São Gonçalo, presidente da Associação de Moradores e do Comamp – Conselho Municipal das Associações de Moradores de Paraty, apresentou os produtores e produtos que fazem parte da Gastronomia Sustentável de Paraty, como o César Taquari. Este comentou a importância da agroecologia familiar local que, hoje, já faz parte da merenda escolar da rede pública em torno dos 40% da produção. A Gastronomia Sustentável de Paraty foi lançada em 2 de julho de 2008 na OFF FLIP Pratos Literários da GS e resultou no reconhecimento de Paraty, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco, como “Cidade Criativa pela Gastronomia”.


O Trio Maria Aurora de forró formado por André Brandão, Mateus Rocha e Mayza Moreira, nasceu em Paraty, em 2019, animou brilhantemente o encerramento da Abertura da 18ª Offflip – Semana de 2022 em Paraty, com músicas autorais e sucessos do cancioneiro forrozeiro tradicional.


Sexta – 29

No segundo dia teve uma série de rodas de conversas online:

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Com o objetivo de fomentar a produção poética por toda a Bahia e divulgar seus poetas, a Cogito Editora publica a Coleção Bardos Baianos, com 27 coletâneas, uma para cada Território de Identidade, conforme metodologia desenvolvida pelo Governo do Estado da Bahia.

As primeiras regiões do Estado a contar com a publicação de suas Antologias Poéticas são: Sudoeste Baiano, Bacia do Rio Corrente, Velho Chico, Médio Sudoeste da Bahia, Litoral Sul, Baixo Sul, Bacia do Rio Grande, Litoral Norte e Agreste Baiano, cujos representantes estão nesta mesa mediada pelo idealizador e editor do projeto, Ivan de Almeida.


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Vozes Contemporâneas no Centenário da Semana de Arte Moderna”, em que a Ventura Editora e alguns dos seus autores/poetas/artistas -Jorge Ventura, Val Melo, Maria do Carmo Bonfim Vera Versiani e Sílvio Carvalho – que, desempenhando-se em multilinguagens como atores, cantores, músicos, desenhistas e artistas plásticos homenagearam poetas que fizeram parte do Movimento Modernista e apresentaram seus próprios temas poéticos, provenientes de ideias e manifestações de 1922, visionárias para a época, mas amplamente difundidas na atualidade;


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1922 – A Semana Que Não Terminou” com o poeta, crítico literário, mestre e doutorando em Literatura brasileira, Marcelo Mourão num bate-papo com o professor da Uerj e doutor em Literatura Comparada, Leonardo Davino, sobre a Semana de Arte Moderna de 1922 e sua influência em diversos momentos posteriores da história literária brasileira.


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Com perspicácia, o poeta, produtor cultural, agente literário, educador social Bruno Black dirigiu e apresentou o Sarau da OFF na Câmara de Vereadores, envolvendo transeuntes que viravam plateia do encontro poético musical, valorizando “essa festa literária alternativa”, como definiu, também incluindo crianças e pais no Sarau. Bruno Black é autor do livro “Tarja Preta”, é morador da comunidade do Fumacê em Realengo e organizador do programa na web “Xexelento da Peri”.


Cinema da Praça de Paraty
Como parte da homenagem póstuma ao maestro Matias Capovilla e ao seu pai, o renomado cineasta Capô – Maurice Capovilla, com apoio do Cinema da Praça de Paraty, foram exibidos os filmes ‘Harmada’ e ‘Nervo de Aço’, de Maurice Capovilla, com trilhas sonoras de Matias Capovilla. As exibições acontecerão respectivamente nos dias 29, sexta-feira e 30, domingo, às 19h.
Disponíveis no youtube e vimeo. Veja links nas imaqens

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O fechamento da noite foi protagonizado por Paulo Gomes e o Som de suas Aquarelas, no restaurante La Luna Bistrô de Praia, com participação do músico Rhandal de Oliveira.
Gomes destacou os saudosos pintores paratienses João Jósé e Júlio Paraty influenciados pela vivência com pintores modernistas, músicos e cineastas que na época da ditatura reuniam-se em Paraty no Bar do Abel e no Valhacouto. Entre eles Yoshiya Takaoka e principalmente Djanira da Motta, que morava em Paraty.


Sábado – 30

No terceiro dia aconteceram as rodas de conversa e apresentações musicais:

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O jornalista e escritor Luís Pimentel e o músico e escritor Zeh Gustavo têm uma obra riquíssima que a gente desvenda um pouquinho nessa 18ª OffFlip. Pimentel passeia facilmente da biografia à ficção sempre com muito humor, poesia e atenção aos dois temas que, segundo ele, o mobilizam, a esperança e a morte.
Luís Pimentel tem livros publicados em muitos gêneros (romances, contos, poesia, infanto-juvenis, música e teatro). Autor premiado no Brasil, acaba de receber o prêmio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa, em Portugal, pelo volume de contos “Ainda tem sol em Ipanema” que está sendo lançado aqui este mês.
Zeh Gustavo, músico e escritor, é autor, entre outros, do livro “Eu algum na multidão de motocicletas verdes agonizantes”, vencedor do Prêmio Lima Barreto de Contos da Academia Carioca, e é um dos organizadores da coletânea “Jumento com Faixa: deboches e antiodes ao fascismo”.
Zeh, poeta urbano, questiona a dureza das cidades ao mesmo tempo em que abraça as ruas e vielas por onde derrama versos e canções. Na palavra, inventa, soma, reduz, junta, abre um universo de possibilidades para um novo olhar sobre o mundo do dizer. Confiram nessa conversa que reuniu os dois autores na 18ª OffFlip.


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Das Telas para as Páginas – No auditório da Casa da Cultura a roda de conversa com a arte-educadora, jornalista, Marcia Mendel, e a escritora de livros infantis e influencer Prisla Tranjan, colocou em foco a proposta de potencializar a criatividade infantil com a arte e o distanciamento das telas dos celulares, tablets, TVs com o conceito Criança sem Tela, alicerçado na filosofia Montessoriana, através de oficinas de contação de histórias, kits com livretos com descrição impressa do passo a passo dos projetos (confecção de brinquedos, jogos, acessórios e artesanato). Participaram em vídeo as escritoras Carol Chaves e Lydia Simonato;


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A Viagem Lúdica – Foi exibido um compacto do espetáculo infantil da Cia Malas Portam – um musical cênico, que propõe brincar com a imaginação do público, levando-o a uma viagem através do universo lúdico, narrando e cantando músicas autorais, ressignificando objetos do cotidiano, utilizando-os como instrumentos musicais e adereços cênicos. Com esse trabalho a Cia Malas Portam comemora seus 15 anos, brincando com a plateia;


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Arte em movimento com Verônica Couto
A jornalista Verônica Couto sempre gostou de desenhar. Ainda criança vivia jogando seus traços em qualquer papel que lhe caía nas mãos. Crescendo, pensava cursar arquitetura. Desanimou ao ver a grade de matérias. Muito cálculo.
O medo da matemática jogou a quase arquiteta na Faculdade de Filosofia e, dali, a moça talentosa pulou para o jornalismo, profissão que exerce até hoje, agora conjugada com arte em papel e telas. É sobre essa chegada aos pincéis e aquarelas que Nica fala na conversa com a jornalista Juçara Braga, durante a 18ª OffFlip.
Verônica é autora do livro Vale quanto pesa, de 2010, selecionado para o catálogo da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil. Sua arte, em desenhos, pinturas e aquarelas, pode ser conferida no Instagram de @alamedanica.


Show da OFF – Encerramento

O escritor, ator e cordelista Edmilson Santini incorporando Macunaíma, fez uma homenagem a Mário de Andrade com um compacto do espetáculo “Macunaíma – Rapsódia em Cordel”.

Santini, que desenvolve projetos educacionais e de cidadania com base na Literatura em Cordel, utiliza a música em tom de Rapsódia em Cordel para trazer à cena as façanhas do herói criado por Mário de Andrade.

Trecho do Macunaíma, Rapsódia em Cordel
“Quando do seu nascimento
Tudo em volta se volvia
Feito um acontecimento,
Na noite que já foi dia…
Filho do medo da noite,
Cada rima um açoite.
Noite em pé de ventania…

Era um menino tão feio,
Que quando se viu parido,
Reinou em torno um receio:
Era o mundo estremecido;
Ele o próprio desatino
Em pessoa do destino.
Seu nome veio de ouvido:

-Vai ser um Macunaíma!”


A participação dos poetas Sérgio Gramático Jr. e Sofia Gramático, segundo o poeta, foi um delicioso encontro, que proporcionou a pai e filha declamarem juntos pela primeira vez, envoltos por uma atmosfera benéfica,  “com a generosidade e a capacidade de integrar e aglutinar como um evento desse”.

“Se a poesia for mar
Vou morrer afogado
Se for paralela
Morrerei ao lados

Se a poesia for solo
Vou morrer chão
Se for drogas
Morrerei doidão

Se a poesia for tudo
Vou morrer inteiro
Se for desigualdade
Morrerei brasileiro

Se a poesia for fogo
Vou morrer queimado
Se for em partes
Morrerei um bocado

Se a poesia for mentira
Vou morrer nada
Se for mulher
Morrerei amada

Se a poesia for esta
Vou morrer aqui
Se for ventre
Ainda nem nasci

Mas se a poesia for
a própria vida
Aaahh, eu não vou morrer nunca”
(‘Hipóteses’ – Sérgio Gramático Jr.)

“na verdade não sei ao certo
esse vazio meio incompleto
e pra quem sempre foi um livro aberto
é difícil ler o que não foi descoberto
mas tudo bem eu entendo
as cores aparecem conforme a gente vai vendo
a gota que pinga do sangue fervendo
e a porrada interna que ainda tá doendo
as camadas novas que eu desconheço
a questão de aceitar menos do que eu mereço
talvez por medo talvez por loucura
talvez por medo de ficar madura
madura igual fruta e apodrecer
o fim da vida e o fim do prazer
pode ser por isso que erro demais
necessidade de não deixar nada pra trás”
(Sofia Gramático)


O Prof. Doc Blues e os convidados Isla Jai e Rafa com a participação da plateia fizeram uma leitura performática do poema – No caminho com Maiakóvski, uma homenagem ao romancista, contista, poeta, cronista e pintor Eduardo Alves da Costa .
Esse poema de Eduardo Alves é um dos mais famosos da literatura brasileira – mas que muitas vezes foi atribuído a autores como Maiakovski, Borges, Jung e García Márquez. No Caminho, com Maiakovski já virou de camiseta da campanha pelas Diretas e pôster em cafés europeus

Trecho mais conhecido do poema :

"...Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, 
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada..."
 

O projeto “Canto da Mata” é iniciativa e produção do arquiteto, analista ambiental, cantor e compositor Chico Livino com participação especial de Márcio Viana , apresentou uma leitura musical da geopoética dos biomas brasileiros, restabelecendo a conexão afetiva entre o ser humano e o meio ambiente.
Com a música Morena de serra, azul de mar, Livino fez uma homenagem a Serra da Bocaina e a Paraty Patrimônio Mundial pela Cultura e Biodiversidade e em Fulora Morena, uma das suas mais belas canções, ele “fulorar” e floresce com sua geopoética na autopoiese do Grande Sertão Veredas pelo amor de Papola .


Encerrando o evento Karina Braz e Banda nos embarcou em sua Caiçara Canoa e nos conduziu pelos mares da marca do nosso destino rumo ao porto da Cultura em Verde e Azul, dançando de mãos dadas na Festa do Povo, as cirandas, as cirandas para uma Feliz Cidade. É Paratii ! É Paraty!


Após os agradecimentos aos apoiadores a produtora Luiza Faria realizou o sorteio das cestas com produtos locais. Os ganhadores foram Alexandre Moura (Rio) e Kícila Ribeiro (São Gonçalo).


Foto de encerramento

OBS.: Toda a programação foi transmitida em tempo real e está disponível no canal Flitoral – Youtube


EXPEDIENTE:

Publicação Editoração e Comunicação – CNPJ 22.841.425./0001-66; Diretor – Domingos M. Oliveira; Jornalista Responsável -Carlos Dei S. Ribas – MTb/RJ 15.173; Conselho Editorial – João Bosco Gomes, Carlos Dei S. Ribas, Juçara Braga, Domingos M. Oliveira;  Administração – Janete Ronch
Telefone
 – (24) 3371-9082 – WhatsApp (24) 99972-1228; Email flitoral21@gmail.com

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Sobre fldom

Editor Flitoral

4 respostas para 18ª OFFflip- Antropofagia a semana de 22 e anuncia Festival da Cachaça, Paraty em Foco e FLIP

  1. fldom diz:

    Prezada Marcia, obrigado pelo seu poético comentário sobre a nossa cidade patrimônio Mundial. Seja bem-vinda!

  2. Marcia do Val incani Bittencourt diz:

    AMO PARATY e hoje finalmente MORO AQUI . O mar de azeite por entre ilhotas despenteadas de verdes exuberantes encosta carinhosamente num colar de pérolas tortuoso com janelas e portas feitas de arco-íris. A Serra do Bocaina Te abraça majestosa. Sábia, Serena, Cheia de Vidas , Flores , Trilhas e Histórias misteriosas pra contar. Por entre o canto das aves mais belas o repicar das notas do meu piano ecoa na mata . O Templo Sagrado mais belo deste mundo . PARATY !

  3. Luiza Faria diz:

    Parabéns e muito obrigada aos amigos e parceiros que colaboraram com mais uma edição da OFFFLIP!

  4. Luiza Faria diz:

    Parabéns à todos os amigos e parceiros que colaboraram para mais uma realização do Evento OFFFLIP!

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