Marcela Bosa, uma das primeirass mulheres trans em cargo de gerência dentro do sistema financeiro do Brasil
Lançará o seu livro “MA – EU. MULHER. TRANS., no qual conta sua trajetória de vida em autobiografia. Atual gerente de uma agência do Banco do Brasil, Marcela Bosa escreveu a obra com o objetivo de expressar sua dor, e para que as pessoas cisgêneros desenvolvam melhor empatia. Com clareza nas palavras, ela trata o assunto de maneira direta e sem rodeios, com a intenção de dar voz a sua dor. O livro ainda conta com prefácio escrito por Erika Hilton, a primeira Deputada Federal negra e trans eleita na história do Brasil. “Se eu conseguir mudar uma pessoa no final já fico feliz assim, né? Já fiz minha missão. Mas quero mudar o máximo possível de pessoas e incentivar com pequenas atitudes”
No livro, é possível ter uma ideia de quanto o preconceito acontece em todas as áreas da sociedade. A obra aborta que para uma pessoa trans, às vezes, não faz diferença ser graduada, bem sucedida, ou mesmo sendo profissional do sexo. Por ser uma pessoa trans, a desconfiança e o ódio gratuito destilado por alguns será o mesmo. A ideia de desenvolver o livro se intensificou ainda mais com a presença de Linn da Quebrada no BBB 22. Importante destacar que só por estar viva, Marcela contraria as estatísticas. De acordo com a Antra, Associação Nacional de Travestis e Transexuais, o Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo pelo 14º ano seguido. Um relatório aponta que mulheres trans e travestis têm até 38 vezes mais chance de serem assassinadas. Foram 131 pessoas destes gêneros assassinadas no país em 2022, e quase 90% das vítimas tinham de 15 a 40 anos.
Nascida em uma família tradicional de Curitiba, (PR), ela é formada em Física pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, além de ter MBA em Administração, Negócios e Marketing. Marcela Bosa ainda é Pós Graduada em Auditoria, Contabilidade e Perícia Contábil. Apaixonada por Astronomia, Física, Matemática e tudo o que envolve a arte.
